
Colher de Pau
Diz aí, o que tem gostinho de infância pra você?
Amilly Caroline Diniz e Kathleen Marques
Sabia que a satisfação de comer vai muito além do ato de mastigar alguma coisa? Tem o cheiro, a montagem do prato, a lembrança que isso te traz, ou até a descoberta de um novo sabor. E antes disso, já pensou em como isso aí foi parar no teu prato?! Lá atrás, na plantação, no cultivo, na escolha do solo para que o alimento tenha a melhor qualidade… É, tem muita coisa que a gente nem pára pra apreciar.
Essa especiaria de editoria vai te levar em uma viagem pelo Brasil sem te tirar da tua zona de conforto, topa? Queremos satisfazer sua fome (não só de) conhecimento, e mostrar que o paladar é, na nossa opinião, o sentido que domina os outros quatro. Nossa meta é causar diferentes emoções, sensações e desejo pela arte de cozinhar na galera jovem (de espírito), curiosa e disposta a viver experiências do universo gastronômico.
Para isso a Colher de Pau é recheada de receitas, fotos, vídeos, textos e muuuuitas curiosidades. O que acha de entrar e tomar uma xícara de c(afé)onhecimento?
Bon Appétit!

No Brasil é mais gostoso
Amilly Caroline Diniz e Kathleen Marques
O tempero brasileiro é conhecido em todo o mundo - e cá pra nós, uma delícia -. Nada como um queijinho mineiro, ou um acarajé, um bolinho de cenoura com brigadeiro no fim da tarde, um estrogonofe no almoço de domingo... Você com certeza conhece as receitas, mas sabe de onde elas vieram? Kelvin Batista é Licenciando em Gastronomia e explica um pouco dessa mistura boa que fizemos. “No Brasil as pessoas se adaptam muito fácil às coisas de fora, principalmente na comida. Por isso as pessoas adaptam receitas clássicas e super tradicionais de outros países ao gosto dos brasileiros”.
Até algumas comidas que chamamos de “típicas” brasileiras, foram trazidas de nossos ancestrais indígenas, portugueses e africanos, quer ver? “A nossa feijoada mesmo, tem origem Portuguesa, com feijões brancos, e os escravos fizeram adaptações até virar um prato autêntico brasileiro. Todos os pratos típicos baianos, por exemplo, têm origem africana; e dos indígenas, pegamos a mandioca, usada em farofa, tapioca, cozida, frita, assada e em vários pratos”, apresenta Kelvin. O cardápio brasileiro é recheado de culturas, e em todas as receitas colocamos um pouco do nosso carinho. Selecionamos duas pra te ensinar, aperta o play aqui embaixo.
O ''Carrot Cake' é uma receita tradicional norte-americana e leva em seu preparo cenoura, nozes e especiarias com recheio de cream cheese. Parece ótimo, mas nada supera o nosso brigadeiro.
Você acredita que esse queridinho dos brasileiros tem origem russa? A receita é lá do século XVI quando soldados russos comiam "ração de carne". Ainda bem que posteriormente foram refinando o prato, né?!

Humm... Cheirinho de Café
Cláudia Brito

Pode ser torrado, moído, puro, acompanhado de biscoitos, um pão de queijo quentinho ou simplesmente com aquele pãozinho passado na manteiga. Tem gente que não sai para o trabalho sem antes tomar ao menos uma xícara desse pretinho. Ele já faz parte da família brasileira há décadas, e pelo visto não pretende sair. Ainda sobre a economia colonial, o próximo produto a ser estudado é o café.
Arbusto de folhas opostas, elípticas; flores pequenas, brancas e perfumadas; frutos vermelhos ou amarelos com duas sementes que depois de secas são torradas e moídas, fornecem o pó para a bebida chamada café. Hoje em dia qualquer pessoa pode ter acesso. Mas nem sempre foi assim.
"A importância do café começou com o processo de reorganização da economia brasileira. Isso porque o recurso da produção de café que antes era da metrópole, Portugal, passa a ficar no Brasil. Alterando então, a estrutura social e o perfil sócio populacional que existia. Era o momento final do império e começo da república”.
Paulo de Souza
O café era uma bebida cara e só a burguesia podia usufruir. Na época, que já existia os barões do engenho e do açúcar, surgiu essa classe mais elitizada: os barões do café, mais ligados a Europa, França, Inglaterra e Holanda. O café chegou ao Brasil em 1727, depois que a esposa de um governador da Guiana francesa deu de presente ao emissário Francisco de Melo Palheta, um punhado de sementes e umas mudas de café. As informações que chegavam à Brasil colônia é de que o produto tinha grande valor comercial. Palheta resolveu arriscar e plantou o café no Pará. Ele foi o primeiro cafeicultor do Brasil com mais de mil pés. Cinco anos depois, em 1732, o estado conseguiu uma proeza, mandar para Lisboa sete libras, peso do café brasileiro, pouco mais de três quilos. O interesse pelo café aumentava em toda a Europa e o fruto se tornava a cada dia, mais valioso, é o que relata o professor de geografia Paulo de Souza.
Foram desenvolvidos do ano 1880 a 1900, 41 municípios só no estado de São Paulo, devido ao impacto positivo na economia do café. Cidades como Piracicaba, Ribeirão Preto e Campinas se destacaram em seu desenvolvimento econômico. Outro fator fundamental foram as construções das ferrovias que cresceram junto com o impacto do café. “Como o café precisava chegar aos portos, se usava o trem como meio de condução, o Porto de Santos por exemplo foi um dos mais importante entre eles. As usinas de cana-de-açúcar também acompanharam esse crescimento”, afirma o historiador Gilvan Rodrigues. Esse também foi o momento de liberdade para os escravos, em que aconteceu a abolição da escravatura.
Esse bom desenvolvimento do café, trouxe renda para o país e um novo contingente populacional que já conhecia a revolução industrial e que já sabia como atuar nesse segmento. Gerou mais atividades econômicas e concentração de poder e criou-se condições para industrialização do país. Justamente neste momento, São Paulo se torna um país dentro do Brasil, na medida de suas proporções. O café começa a redesenhar o Brasil. “ O ciclo do café foi um dos mais importantes do século XVI até a primeira metade do século XX. Basicamente o café foi o fundamento da economia brasileira. Difícil não ver como o Brasil foi alavancado pelo café nesse período”, destaca o doutor em Teologia Histórica e Historiador, Fábio Darius.
“Um lugar que era mais nordestino, fluminense, começa a ser tornar paulista, mais caucasiano, desenvolvendo as segregações. Apesar do café ser uma atividade agrária acabou trazendo urbanização para o país. Um grupo branco diversificado maior, que por vir da Europa num outro momento cultural, cria-se a ideia de que os mestiços, índios e outros que se encontravam no Brasil não prestavam para o serviço e não eram tão inteligentes quanto eles”, aborda Paulo.

Com a crise de 1929 nos Estados Unidos, diminuiu a importação e os preços caíram. O Brasil teve grande perda de milhares de safras de café, já que os Estados Unidos era o maior comprador do café brasileiro. Para que não houvesse uma desvalorização excessiva, o governo brasileiro comprou e queimou toneladas de café. A partir disso o café se tornou mais acessível a todos. Vai uma xícara de café?
O próximo produto é o Algodão, você pode ouvir o conteúdo no Podcast abaixo.










"Ver terras que inicialmente eram improdutivas produzindo alimentos gera em Fávero muita gratidão".
Daniel Ribeiro
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O Sabor da Periferia
Eva Cueva
Quando pensamos em gastronomia logo pensamos em ingredientes, receitas, técnicas de culinária, boa comida e bons restaurantes. E quando o assunto é periferia, são eles os delimitados que estão do outro lado da ponte. E se juntarmos gastronomia e periferia, o que você acha?
É Edson Leite o responsável pela criação desta proposta de culinária diferente com o objetivo de transformação social para jovens de baixos recursos econômicos.


CORRUTELA
Dalila Santana
Sustentabilidade é a palavra da vez e até a gastronomia decidiu embarcar nessa jornada em busca de um planeta melhor. Afinal, segundo dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO/ONU), cerca de 1,3 bilhão de toneladas de alimentos vão parar no lixo. Todo esse alimento não consumido representa um aumento de 3,3 bilhões de toneladas de gases de efeito estufa na atmosfera do planeta. Pensando nisso, alguns Chefs de cozinha têm adotado medidas para tornar a palavra sustentabilidade uma prática diária. Conheça Cesar Costa, proprietário e chef do restaurante Corrutela e descubra como ele aplica a sustentabilidade em sua cozinha.

Já temperou?
Kathleen Marques
Que o sal é o tempero mais popular do mundo, não dá pra negar! Além de dar um gostinho a mais no prato, ele possui propriedades que ajudam a equilibrar as células e transmitir impulsos nervosos. Mas não abusa hein! Além do sal, a nossa flora é muito rica em condimentos, temperos, ervas aromáticas e especiarias, que, além de dar sabor, proporcionam benefícios ao organismo. O técnico em gastronomia, Hayã R. Rodrigues contou pra gente algumas coisas e entre elas, que o tempero é só um extra pra deixar aquilo que já é bom melhor ainda. Além disso, ele ainda afirma que cozinhar tem tudo a ver com sentimentos. “Existem vários tipos de cozinhas: a experimental, a tradicional e o meu forte é a sentimental - risos. O fazer está ligado ao estado de ânimo, ao teu interior”.
“Minha esposa diz que minha comida sempre está ótima e eu sempre digo que usei o ingrediente secreto:
O amor pelo que faço”.
Hayã R. Rodrigues

Do campo à mesa
Cláudia Brito
Comida é algo que ninguém vive sem. Acordamos com fome, nos exercitamos e sentimos fome e até o fato de estar parado dá fome. Nos alimentar é uma necessidade fisiológica e que de alguma forma precisa ser saciada. Tem alimentos que comemos por prazer, já outros, precisamos comer por causa da quantidade suficiente de nutrientes para obter um desenvolvimento saudável. Fato é que alguém precisa produzir esses alimentos e que de alguma forma ele chega até nosso prato trazendo sabores ao paladar.
Quando você vai ao mercado comprar suas comidas favoritas e fresquinhas, muito antes alguém colocou a mão na terra para cultivar. Esses são os produtores rurais, isso mesmo. O Sr. Emílio Fávero tem 54 anos, é Analista de Sistemas por formação, Sócio e Diretor Comercial da Alfa Citrus, empresa que produz laranjas e tangerinas há 23 anos. Mesmo tempo que Emílio está na empresa. Para ele o trabalho de produtor rural é gratificante pelo fato de cuidar das plantas desde seu início, vê-las crescer, florescer e depois colher os frutos.
“O trabalho é muito penoso e inseguro na maior parte do tempo. Você trabalha um ano todo só para depois fazer a venda. Então você tem que investir e ficar na fé para que durante o tempo todo não ocorra nada que estrague a produção e na hora da venda ela seja remunerada de forma adequada” conta. Segundo Emílio o valor nem sempre é condizente com os riscos e os custos realizados.
Pelo fato da laranja não ser um produto de primeira necessidade, seu custo é barato em relação a outros produtos, o que por um lado é desvantajoso para o produtor que vai todo feliz vender sua safra e acaba não tendo o resultado almejado. Sem falar na economia do país que com seus altos e baixos prejudica muitas vezes o produtor. “Isto só muda quando a safra é pequena. Mas quando tem crise, os mercados querem mercadorias de maior preço para poder vender, então isso afeta demais. Quando a economia está bem, produtos de valor maior são bem aceitos”, desabafa o diretor da Alfa Citrus que mesmo com as barreiras demonstra amor pelo que faz. Suas frutas circulam por doze regiões diferentes do país, sendo São Paulo, Rio de janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Amazonas, Maranhão, Rio Grande do Norte, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Daniel Ribeiro também é agricultor e produtor com apenas 18 anos de idade. Nasceu e foi criado na roça e desde então trabalha com seus pais que estão no ramo há 23 anos. Daniel vê o trabalho do produtor rural como um trabalho de muito esforço e dedicação. Um trabalho que nem sempre se alcança o esperado por uma série de fatores. “Você depende de sempre estar dedicando atenção ao serviço, a chuva na hora certa, oração. Mas é um trabalho que sem o trabalhador rural a sociedade não vai para frente. Sem a roça a cidade não come”, declara o jovem.
"Sem a roça a cidade não come”.
Daniel Ribeiro
A família do Daniel trabalha com compra e venda de gado e com o cará ou inhame como também é conhecido. 90% do que produzem é para vender, dos 10% que sobram utilizam para consumo próprio juntamente com o milho e a batata. Como produtores recebem alguns benefícios do governo como auxílio maternidade, desconto em compra de automóveis através de apresentação de notas que comprovem a atuação de produtor e ajuda das Associações que emprestam tratores e outros equipamentos que facilitam a vida do trabalhador no campo. “Se fosse para pagar sairia bem mais caro”, afirma Daniel.

Entrevista com o Chef
Helton Pereira
Formado em gastronomia em Campinas pela Policamp, atualmente é professor no SENAC São Paulo. Sua paixão pela culinária vem da infância, quando ajudava sua mãe no restaurante em que trabalhava.
Amilly Caroline Diniz

Kathleen Marques

Kathleen Marques
"Gastronomia é que nem moda. Se você imaginar 15 anos atrás, vamos fazer um jantar chique. O que vamos fazer? Um strogonoff. E hoje você tem um strogonoff em qualquer esquina. A gente percebe que a gastronomia está em constante transformação".
Helton Pereira
Porque no Brasil ainda há tanto consumo de proteína animal?
Estamos numa sociedade, principalmente a nossa brasileira, onde nós somos um país de grande oferta. De proteína animal e barata. Nenhum lugar do mundo, se for na Europa, na Ásia, vai ter proteína de tão ótima qualidade e barata como no Brasil.
Você acha que a quantidade de consumo está ligada à cultura do país?
A gente tem uma ótica de que a proteína é o prato principal e o resto é acompanhamento, e isso é uma questão cultural. O Brasil, como um dos maiores exportadores, se não o maior, de proteína animal do mundo, propicia a facilidade de consumo da proteína animal. A substituição da proteína animal pela proteína vegetal está ocorrendo aos poucos.
E por que fazer a substituição da proteína animal?
A substituição se dá até por uma questão ideológica; para salvar o mundo do superaquecimento, dos gases-estufa, uma vez que a produção de gado é um importante fator para tal; ao mesmo, por questão de saúde e de bem estar. Hoje sabemos que é possível viver bem sem a proteína animal, contudo deve haver uma orientação e não apenas ficar pensando que vai substituir e ficar saudável.
Então é possível ter uma alimentação saudável sem comer carne?
Existe um movimento que foi até iniciado pela Sociedade Vegetariana chamado Segunda sem carne. Podia ser até segunda, terça, sexta sem carne. A lentilha, por exemplo, tem uma grande quantidade de proteína, assim como fungos, vegetais, cogumelos, que é o que eu mais consumo... Dá pra viver muito bem sem consumir proteína animal.
Tem algum nutriente que não possa ser substituído?
Existe uma questão mística da vitamina B2 e dos sais minerais, mas a pessoa deve ser orientada por um especialista. Todo que queira aderir à dieta vegana ou vegetariana precisa consultar um nutricionista. Eu até brinco que o nutricionista serve para indicar os insumos, e nós damos mais sabor a eles.
Aderir à dieta vegetariana/vegana é bom pra todo mundo?
O crédito é pra humanidade: você vai ser feliz salvando a si, na sua alimentação e vai salvar o mundo. Um bom exemplo é um ótimo resultado, quando um amigo seu te olha e pensa, “poxa, você tem 45 anos mas não parece, parece que tem 35.. o que você faz?” e você fala da sua alimentação, a pessoa vai aos poucos entender o porquê de se alimentar bem. A gente não precisa disso tudo, de consumir essa quantidade excessiva.
FAST 🍕FOOD
Dalila Santana
Vegetariano ou não, a indústria alimentícia está exponencialmente crescendo nos últimos anos. Em época de crise é a saída para muita gente. Empreendedores geralmente investem em Fast Food, já que frequentar esses lugares se tornou hábito do brasileiro.
E se além de comprar a comida rápido, fosse possível ter acesso a conteúdos sobre saúde e bem-estar na palmada mão? Essa é a proposta de perfis públicos em redes sociais: alternativas alimentares de fácil acesso.

Gastronomia na web
Ana Paula P. de Rosse, especialista em nutrição clínica e funcional.
“Busque um profissional para avaliar e auxiliar as condições da sua saúde. Essa sem dúvidas é a melhor opção”.
Ana Paula
Kathleen Marques
Já se pegou indo atrás de informações nutricionais ou seguindo uma dieta só porque um digital influencer faz e por isso achou que fosse correto? Isso é bastante comum por causa da era em que vivemos: A era da internet e dos influencers. Quanto mais conteúdo mais credibilidade. Quanto mais visualizações mais acessos e quanto mais acessos mais adeptos. A grande dúvida é: pode ou não?
Que não pagamos suas contas nós já sabemos, mas os blogueiros também não vão pagar o risco que pode trazer a sua saúde. Mas pode trazer riscos? Confere a entrevista com a (não blogueira) profissional Ana Paula P. de Rosse, especialista em nutrição clínica e funcional.
1. Até que ponto essa nova era pode afetar?
O grande problema das mídias sociais é que de maneira geral nem sempre o que a pessoa lê na internet vai funcionar pra ela, assim como nem sempre o que é tido como fitness precisa ser saudável. Às vezes alguma adaptação que é feita na alimentação das pessoas -influenciadores- nem sempre vale para a maioria. Não necessariamente o prato que é fitness -que teoricamente significa a redução de calorias- significa que ele é nutricionalmente completo e que ele vá atender a demanda daquela pessoa. Então esses influenciadores, na verdade, atrapalham muito o trabalho dos profissionais da área de nutrição e acabam colocando em questionamento a habilidade e o conhecimento do profissional de nutrição.
2. Qual risco a pessoa assume quando não procura o profissional da área?
O risco que o influenciado assume é estar ingerindo algum tipo de alimento ou algum suplemento que não é indicado para ela e o grande problema é que: A superdosagem de alguma vitamina, de algum mineral ou até mesmo de proteínas, podem gerar riscos à saúde. O linear de absorção de proteína varia de pessoa pra pessoa. Aí vai depender de como está a atividade física diária, do bom funcionamento dos rins, do fígado...Então essas dietas impostas por influenciadores não levam em consideração o balanço energético, a quantidade de vitaminas e minerais que a pessoa precisa...Não é uma coisa individualizada. Quando isso acontece, ela assume esses riscos. Excessos são prejudiciais, assim como a falta deles, também.
3. Qual é o lado positivo disso?
O lado positivo sobre os influenciados está ligado à vontade e a consciência alimentar que a pessoa obteve. Ela começa a perceber que de repente a alimentação que ela tem não é legal e que isso afeta não só estética, mas a saúde. Outro ponto é que ela pode trocar experiências positivas com o influenciador que também busca qualidade de vida.
4. O quanto isso pode auxiliar? (Limite até procurar o profissional)
Em algumas regiões já existe um profissional nutricionista nos postos de saúde para atender pessoas mais carentes. Mas caso não tenha acesso a esses serviços o que ela pode é fazer questionamentos á algum enfermeiro, um médico… Ele não vai orientar da mesma maneira que um profissional de nutrição, mas ela vai ter uma informação necessária para querer saber mais e ir procurar em fontes confiáveis.
E a dieta, ta fazendo?
Amilly Caroline Diniz
Dieta da lua, do carboidrato, da sopa, do líquido e de tudo o que imaginar. É cada vez mais comum encontrar “fórmulas mágicas” para emagrecer, engordar, ganhar músculos e afins. A expansão do conteúdo e dos veículos de transmissão, entregou de bandeja ao público um espectro variado de receitas, dietas e tantas outras dicas. Mas cuidado! Informações soltas podem ser muito perigosas.
A nutricionista Ana Lia Visbique explica o porquê. “O mais perigoso é que o nosso corpo reage de formas diferentes. Fomos criados pra comer uma quantidade específica de comida e reservar gordura, quanto mais tempo eu fico de jejum, mais acúmulo de gordura meu corpo faz”. Ela também ensina que a palavra “dieta” é usada de forma errada. “Dieta é um termo vulgarizado para Plano Alimentar.
Você acredita em tudo o que lê por aí? vamos fazer um teste? Rola o cursor e vem descobrir.
Ei, quantas você acertou? ficou em dúvida? clica aqui que a nutri te explica tudinho..
Gastronomia Molecular:
A Arte de cozinhar
Dalila Santana
11 de outubro de 1980. Eis que vem ao mundo uma garotinha de olhos verde-escuro, cabelo castanho e pele clara: Angélica Vitali. A paulistana cresceu vendo sua avó à beira do fogão, e tanto contemplar, se apaixonou pela cozinha. Esse amor era forte, mas ela ainda tinha medo de se entregar. Foi quando resolveu se dedicar à publicidade e se tornou uma empresária, mas seu coração só tinha espaço para a gastronomia. Foi então que num ato de coragem decidiu deixar tudo para trás e se entregar sem reservas à culinária.
Angélica desenvolveu um caráter forte e único, por isso optou por estudar sobre a Gastronomia Molecular. Voou para Portugal e posteriormente para a Espanha. Sabe aquela frase que diz que o copo só transborda quando está cheio? Pois é, Angélica ficou tão impressionada com esse tipo de culinária que resolveu transbordar tudo que havia aprendido, em sua pátria amada. No país de terceiro mundo esse tipo de cozinha era desconhecido e pouco divulgado, contudo, a jovem lutadora decidiu proporcionar às pessoas a experiência única que a gastronomia tem: transformar a cozinha em um lugar mágico.
Gastronomia Molecular é arte, ciência e cozinha, tudo no mesmo lugar. É transformar pequenas receitas em grandes espetáculos. Pequenas técnicas em pura ciência. Imagine-se fazendo um suco de laranja, e ao invés de beber, você vai colocar ele dentro de uma garrafa de chantilly - mais conhecida como sifão - a seguir você coloca cartuchos de óxido nitroso e adicione gelatina. Nasce uma espuma, que pode ser acompanhada com um suculento filé mignon.
Essa culinária envolve técnica e precisão: um passo em falso e se perde tudo. É necessário 0,8% de alginato e 0,5% de cloreto de cálcio para se fazer um caviar de maracujá. Dissolve-se as substâncias em um recipiente com água através de uma esfera perfeitinha, como uma seringa, e assim uma esferificação acaba de ser feita.
A Gastronomia Molecular transforma o líquido em algo consistente sem perder o sabor e unifica substâncias que jamais se misturam. Pode-se pensar que é coisa de cientista maluco, e talvez seja mesmo. Mas é uma ciência que deu certo, encanta e se reinventa a cada dia. É se redescobrir dentro de cada processo, receita e método. É inovar com ingredientes simples. É ciência dentro da panela, arte no prato e sabor na boca.
Um roteiro gastronômico pelas ruas de São Paulo
Eva Cueva
De restaurantes de luxo até barraquinhas, de um salgado até a mais requisitada comida fina. De fora existe uma ampla variedade de comida para todos os gostos e o melhor é que cabe no seu bolso. De comida japonesa, colombiana, árabe, tailandês, peruana até os hambúrgueres mais coloridos. A implantação dos restaurantes de países vizinhos e até de outros continentes vem fazendo sucesso na capital paulista.
Graças às mudanças que o Brasil atravessa segundo Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), estima-se que o crescimento dos restaurantes fica em torno de 4,5% para este ano.
Conheça agora uma das comidas que está inserida a várias décadas e já faz parte de nosso cardápio no dia-a-dia.
A esfiha como recomeço de vida
Pequenas, redondas, abertas ou fechadas, não importa, as esfirras ganharam o paladar do brasileiro. Essa receita árabe é facilmente encontrada de todas as formas e jeitos. Mas existe um tipo de esfirra que tem feito sucesso na capital paulista. Elas são preparadas pelas mãos do chef, Mazen Zwawe. Ele sabe chamar atenção do público que passa pelo seu pequeno negócio, não somente pela deliciosa culinária, mas também pelo sotaque que o caracteriza.
Os formatos e recheios das esfirras do Chef são próprias da região do Líbano. Algumas fechadas, outras abertas com carne moída, frango, escarola, tomate e queijo e por aí vai.

As esfihas variam de recheio de acordo ao formato feito pelo Chef
Mazen chegou no Brasil há 5 anos, fugindo do conflito que vivia no seu país. Como refugiado começo a trabalhar nos restaurantes árabes até aprender a língua portuguesa. Seu vasto conhecimento na cozinha do Oriente Médio foi lhe abrindo portas.
Hoje, Mazen tem ganhado espaço em programas da TV brasileira. Mas seu foco está em seu restaurante e no seu pequeno negócio de final de semana. Sua massa tradicional feita com farinha de trigo e outros cinco temperos fazem que suas esfirras sejam uma das mais procuradas da região.

Chef Mazen Zwawe
O mundo dos hambúrgueres traz novas tendências
Já pensou em comer seu hambúrguer preferido, mas com um pão de cor diferente? Você pode escolher entre o amarelo, vermelho, roxo ou preto, e aí, qual vai ser? Esses pães são produzidos pelas mãos de César Giovanny Malagon, um imigrante Colombiano que saiu do seu país por causa da violência.
Feita com fermento, farinha, carvão vegetal, cenoura e beterraba o pão colorido vem tendo muita aceitação entre os brasileiros.
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Na barraca o tradicional pão não fica por fora
Com treze anos de experiência na cozinha, Giovanny tem conquistado o paladar e o coração dos seus clientes “as pessoas gostam de experimentar uma comida diferente, colorida, que chame atenção, mas com os ingredientes próprios do Brasil”, afirma.

Cesar Giovanny Malagon
O sorvete 100% orgânico
Já ouviu falar em sorvete 100% orgânico? Se você for à Vila Madalena em São Paulo você vai encontrar. Quando William Renato da Silva, pega as espátulas, prepare-se, pois, uma verdadeira obra de arte vai se formar. Mas a surpresa não para por aí, além de ser orgânico, o sorvete é feito na hora, utilizando uma chapa congelada.
Esse sorvete é uma receita popular da Tailândia. Seu preparo é bem simples, basta colocar as frutas na chapa e adicionar o leite, que pode ser tanto de vaca, quanto vegetal, depois disso é só misturar e aguardar congelar. Os sabores variam entre amora, morango, maracujá, manga e banana com granola, se pensa que acabou por aí, está enganado. Existe os sabores para quem ama doce, como o de tapioca, bolacha passatempo e o de paçoca.
Do lixo ao luxo
Eva Cueva
Você Conhece?
Kathleen Marques
E o mercado de trabalho, hein?
Encarar o mercado de trabalho é uma experiência no mínimo assustadora. Quem já passou pela fase sabe quão intimidador o mercado pode ser; e quem ainda não passou já pode ir se preparando. Mas por mais assustador que pareça, é importante se manter firme em seus ideais e não ter medo de arriscar.
O chefe de cozinha Henry Farias trabalha há quase 14 anos como cozinheiro e conta um pouco de sua trajetória. “Fiz meu primeiro curso básico em 2005 em uma escola profissionalizante, pra aprender a cozinhar mesmo. Eu não tinha condições de fazer gastronomia na época’, expõe. Henry ainda não é formado em gastronomia, mas sua dedicação abriu portas.
Atualmente Henry é segundo chefe e trabalha há seis anos em um espaço de vida saudável. Se você tem interesse em cursar gastronomia ou até mesmo fazer um curso de culinária, podemos te ajudar.
Separamos dois sites (esse e esse) que podem te ajudar a escolher seu curso da melhor forma possível.
“A gente precisa buscar cada vez mais conhecimento, estar mais atento aos cardápios, ao que os restaurantes estão oferecendo, e ao que a comunidade está oferecendo. A comida do bairro e de diversos segmentos”, declara.
